segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


“Nosso desafio é estar à altura do apoio da rua”Publicado em 13.02.2011
O novo líder do governo diz estar ciente da missão de defender uma gestão com “aprovação recorde”. Waldemar Borges tem estilo cordato, amigo, mas antecipa à oposição: “Não vai ter aderência com a gente a canelada pela canelada”.

JORNAL DO COMMERCIO – O senhor chega à Assembleia numa situação ainda mais favorável ao governo Eduardo, que reduziu a oposição a 10 das 49 cadeiras (20,4% da Casa). Qual o desafio agora?

WALDEMAR BORGES – Tem que esclarecer esse negócio de dizer que a Assembleia é governista. Quase 90% dos pernambucanos preferiram reeleger Eduardo Campos (foram 82,8% dos válidos), pela compreensão do que ele está fazendo pelo Estado. Então essa aprovação se reflete em todos os ambientes da sociedade. Esse apoio foi construído no voto, na rua. A gente tem uma grande bancada porque tem um grande apoio nas ruas. O desafio é estar à altura desse apoio. É entregar obras, cumprir compromissos.
JC – A troca de um líder do PT (Isaltino Nascimento) por um líder do mesmo partido do governador, faltando um ano para as eleições municipais, teve um componente eleitoral?
WALDEMAR – Não tem nada a ver com questão partidária. Se deve ao fato de Isaltino ter sido convidado para ser secretário de Transportes. Acho que esse aspecto político eleitoral não foi um elemento decisivo.
JC – Isaltino foi considerado um líder fiel ao governador, que defendeu aguerridamente a gestão na tribuna da Casa, com um estilo tido por alguns colegas até agressivo. O que esperar de sua atuação?
WALDEMAR – Isaltino exerceu a liderança em um momento que se instalava um projeto de governo novo, que muitos não acreditavam. Esse projeto sofreu preconceito. Isso talvez o levou a desempenhar a liderança de forma mais agressiva. Chego para liderar a bancada com o governo que tem um recorde de aprovação. A mim cabe aprofundar a unidade que o governador construiu, para que a gente possa avançar. Meu estilo é o do diálogo, de costurar a unidade. Eu gosto da construção política. Gosto do embate da ideias, do debate, por isso costumo apartear.
JC – Em um segundo mandato, todo o governo é mais cobrado. Há alguma expectativa da gestão ter uma oposição mais dura?
WALDEMAR – Estamos preparados. O governo tem feito o que pode fazer e até mais diante do passivo que encontrou (da gestão Jarbas Vasconcelos-PMDB/Mendonça Filho-DEM). O que não houver consenso, vamos ao embate, mas com consistência crítica. Não vai ter aderência com a gente a canelada pela canelada.

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