quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


PSB atrai Kassab e PMDB fica impaciente com prefeito

O comando nacional do PSB decidiu abrir negociações para atrair o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para o partido.
O prefeito do DEM deverá conversar hoje com o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre uma eventual mudança para a legenda. Além de Kassab, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, também do DEM, deverá participar da conversa. Para tentar evitar a saída dos dois, o líder do Democratas na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), abriu na segunda-feira uma rodada de conversas com os possíveis dissidentes. Visitou Colombo em Santa Catarina e ouviu do governador que ele pode manter sua filiação. Amanhã, deverá almoçar com Kassab em São Paulo.
'Tive uma conversa muito boa com o governador Colombo e acho que ele poderá continuar no partido. Com Kassab, a minha intenção será a mesma', disse ACM Neto. Insatisfeito com os rumos políticos do Democratas, Kassab não esconde sua vontade de trocar de legenda e garantir um espaço para concorrer ao governo de São Paulo, em 2014. Até agora, o prefeito vinha conversando apenas com o PMDB.
Mas a aproximação com o PSB ajuda Kassab até mesmo a melhorar as condições de negociação com o PMDB. Depois de deixar sua transferência praticamente acertada com o vice-presidente Michel Temer, o prefeito começou a receber recados de outros peemedebistas dando conta de que sua entrada na legenda não garantia o controle interno do diretório de São Paulo.
Sem essa garantia, o prefeito precisaria depender de articulações políticas para conseguir ser candidato em 2014.
Ontem, no entanto, em reunião da executiva do diretório paulista do PMDB, o prefeito foi bombardeado or manter em banho-maria suas tratativas quanto ao futuro. 'Essa indefinição só atrapalha o partido', teria dito Antonio Neto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil na reunião da qual participaram 40 pessoas.
O caso de Raimundo Colombo é diferente. O governador catarinense não tem a mesma urgência que Kassab para mudar de partido. O prefeito ficará sem mandato em 2012 quando termina sua administração. / COLABOROU JULIA DUAILIBI

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